domingo, 23 de dezembro de 2007

Vinil Visual 4

UM DISCO

1 comentário:

Manuel Mann disse...

Olha, eu costumava adorar esse disco, e era fã de carteirinha do Deep Purple. Hoje em dia, não consigo escutar por inteiro. Acho extremamente indigesto o elo de ligação entre o Hammond do Jon Lord e a guitarra de Ritchie Blackmore. É como se um puxasse a banda para um lado, e o outro para outro, e a platéia ficasse presenciando essa queda de braço interminável. Lord, com certeza, queria que o Purple seguisse a cartilha do rock psicodélico com influências eruditas, que marcou os 4 primeiros discos da banda. Já Blackmore queria tocar bem pesado e ser o próximo Jimi Hendrix, e tinha a seu favor o argumento de que "Deep Purple In Rock" havia enfim colocado o Purple numa trilha de sucesso internacional, seguindo os rastros dos dois primeiros discos do Led Zeppelin. Chegaram ao estrelato com "Machine Head" sem conseguir resolver esse dilema, e não se aguentaram em pé por muito tempo.

E ainda tem o agravante do Purple ter um time de compositores muito fraco -- ao contrário do Led Zeppelin e do Black Sabbath. Eu confesso que fico constrangido com o primarismo das letras de "Highway Star", "Space Truckin'" e outras pérolas do cancioneiro do Purple. Ainda gosto de uns poucos números do "Fireball" -- "No One Came" e "Strange Kind Of Woman"-- e de "Woman From Tokyo", além de alguns números semi-instrumentais conduzidos por John Lord -- "Lazy", "The Mule", mas no geral acho o Purple uma banda datada e menos expressiva daquele período.

Desculpem se estou sendo um pouco rabugento, mas prefiro outras bandas inglesas que seguiam quase na mesma linha, mas que não deram tão certo comercialmente, como o Atomic Rooster, Colloseum, Juicy Lucy, Caravan, Barclay James Harvest. Moody Blues, Argent, Flash, Badger...a lista é bem grande.