Ah, nossas mulherzinhas! Demorou mas elas chegaram.
Eu era completamente apaixonado por aquela moça extremamente bonita de blusa escura. Era a única do grupo que se recusava a ir de uniforme para a escola. O nome dela era meio suburbano -- Sônia Valéria, culpa da mãe, certamente --, mas de suburbana ela não tinha nada. Era bem hip, ao contrário do resto das moças, frívolas até dizer chega. Morava na Oswaldo Cochrane com a praia, e vivia num salão de snooker ao lado da antiga Panificadora Conde do Mar. Toda tarde eu saía do Gonzaga e dava uma passadinha por lá, só para dar um alô. Ela era uma graça. Tinha seios lindos. Não gostava de usar soutien, mas certamente gostava que olhassem para seu decote sempre generoso. E que sorriso ela tinha...Era como se Ray Charles tivesse escrito aquela velha canção, "The brightest smile in town", para ela.
Como infelizmente ela não demonstrou um interesse mais "caliente" por mim, acabamos virando amigos. Pensei comigo mesmo: "quem sabe dando tempo ao tempo, e permancendo na vizinhança, ela não acaba se interessando por mim?".
Mas então, em 1975, ela derrapou, e engravidou de algum vagabundo, e resolveu ter o filho, e passou o ano inteiro exibindo com orgulho seu barrigão, para depois sumir do mapa. Para nunca mais.
Quanto ao resto das moças, vejo de vez em quando a Vera em shows no SESC. Não está envelhecendo mal. E gosta de meter o pé na jaca.
A Nídia eu encontrei lá na Prefeitura uns meses atrás. Casou, teve uma penca de filhos, mudou para Recife, separou, voltou para cá e agora é professora da Rede Municipal. Não está envelhecendo bem. Outra que não está envelhencendo bem é a Lucilene. Uma pena.
Já a Sílvia continua do mesmo jeito, e a Eliane também. O passar dos anos parece ter sido leve para as duas.
Já Míriam virou uma criatura assustadora. Baranga talvez seja um termo suave demais para ela. Aquela cara de cavalo dela já não ajudava muito, e a voz piorava ainda mais as coisas. Pois bem, agora ela está marombada, loira, com a cara toda esticada, e corre de tenis na areia de praia, sempre com uniforme de Academia de Ginástica. Um horror. Mais emergente que isso, impossível.
Last but not least, a Lucila, filha do Barreto, vive sendo fotografada para a coluna social da irmã do Monforte no Jornal da Orla. Deve ter casado com algum rotariano deslumbrado. Certamente paga caro por essa "exposição social". Coisas de Santos...
E, claro, tem a Maria do Rocio. A nossa Maria. Ela embagulhou forte, mas era excelente companhia em mesas de bar. Estava sempre com a gente -- Sr. Antoine Boku e eu -- no saudoso Zero Grau e no saudoso Nostravamus. Depois se apaixonou por um frequentador do bar e casou com ele. Mora do lado do Sírio Libanês, na Ana Costa. Depois que esses bares fecharam, acho que ela parou de beber. Boa menina, como diria o Nilo, que também bebia bem...
3 comentários:
Ah, nossas mulherzinhas! Demorou mas elas chegaram.
Eu era completamente apaixonado por aquela moça extremamente bonita de blusa escura. Era a única do grupo que se recusava a ir de uniforme para a escola. O nome dela era meio suburbano -- Sônia Valéria, culpa da mãe, certamente --, mas de suburbana ela não tinha nada. Era bem hip, ao contrário do resto das moças, frívolas até dizer chega. Morava na Oswaldo Cochrane com a praia, e vivia num salão de snooker ao lado da antiga Panificadora Conde do Mar. Toda tarde eu saía do Gonzaga e dava uma passadinha por lá, só para dar um alô. Ela era uma graça. Tinha seios lindos. Não gostava de usar soutien, mas certamente gostava que olhassem para seu decote sempre generoso. E que sorriso ela tinha...Era como se Ray Charles tivesse escrito aquela velha canção, "The brightest smile in town", para ela.
Como infelizmente ela não demonstrou um interesse mais "caliente" por mim, acabamos virando amigos. Pensei comigo mesmo: "quem sabe dando tempo ao tempo, e permancendo na vizinhança, ela não acaba se interessando por mim?".
Mas então, em 1975, ela derrapou, e engravidou de algum vagabundo, e resolveu ter o filho, e passou o ano inteiro exibindo com orgulho seu barrigão, para depois sumir do mapa. Para nunca mais.
Quanto ao resto das moças, vejo de vez em quando a Vera em shows no SESC. Não está envelhecendo mal. E gosta de meter o pé na jaca.
A Nídia eu encontrei lá na Prefeitura uns meses atrás. Casou, teve uma penca de filhos, mudou para Recife, separou, voltou para cá e agora é professora da Rede Municipal. Não está envelhecendo bem. Outra que não está envelhencendo bem é a Lucilene. Uma pena.
Já a Sílvia continua do mesmo jeito, e a Eliane também. O passar dos anos parece ter sido leve para as duas.
Já Míriam virou uma criatura assustadora. Baranga talvez seja um termo suave demais para ela. Aquela cara de cavalo dela já não ajudava muito, e a voz piorava ainda mais as coisas. Pois bem, agora ela está marombada, loira, com a cara toda esticada, e corre de tenis na areia de praia, sempre com uniforme de Academia de Ginástica. Um horror. Mais emergente que isso, impossível.
Last but not least, a Lucila, filha do Barreto, vive sendo fotografada para a coluna social da irmã do Monforte no Jornal da Orla. Deve ter casado com algum rotariano deslumbrado. Certamente paga caro por essa "exposição social". Coisas de Santos...
E, claro, tem a Maria do Rocio. A nossa Maria. Ela embagulhou forte, mas era excelente companhia em mesas de bar. Estava sempre com a gente -- Sr. Antoine Boku e eu -- no saudoso Zero Grau e no saudoso Nostravamus. Depois se apaixonou por um frequentador do bar e casou com ele. Mora do lado do Sírio Libanês, na Ana Costa. Depois que esses bares fecharam, acho que ela parou de beber. Boa menina, como diria o Nilo, que também bebia bem...
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